quinta-feira, 26 de abril de 2012

Cabeceamento Ofensivo nos Guarda-Redes

Nos últimos minutos de um jogo em que apenas precisamos de mais um golo para atingir os nossos objectivos, é frequente a aposta no jogo directo e nos esquemas tácticos e são nestes últimos, principalmente nos cantos, que por vezes vemos o guarda-redes subir à área para dar mais força ao jogo aéreo. Isto acontece porque o guarda-redes é quase sempre dos jogadores mais altos e tem, por força do seu tipo de treino, um poder de elevação maior que a maioria dos jogadores de campo. Mas apesar deste recurso, não é habitual o guarda-redes treinar o seu cabeceamento e quando o faz, faz-lo quase exclusivamente em situações defensivas (saídas da área e disputas de bola) pelo que o seu cabeceamento ofensivo pode deixar algo a desejar. E porque não incluir o cabeceamento ofensivo nas rotinas semanas de treino do guarda-redes?

Dado que praticamente todas as equipas têm mais que um guarda-redes, como factor de complemento o cabeceamento ofensivo é facilmente enquadrado no microciclo de treino, fazendo apenas algumas adaptações aos exercícios já usados. Por exemplo, num qualquer exercício de cruzamento, substituir as varas ou qualquer outro obstáculo ao guarda-redes que vai saltar à bola para a agarrar / socar pelo outro guarda-redes que está em espera, dando-lhe o objectivo de marcar golo. É uma forma de treinar o tempo de salto e o próprio gesto técnico do cabeceamento. Desta forma, aproveitamos apenas os tempos mortos que existem devido há presença de mais guarda-redes no treino, nunca descorando o treino das acções básicas na baliza. Rentabilizamos o treino e optimizamos uma arma ofensiva que poderá ter uma grande utilidade em momentos pontuais do jogo.

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