quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Erros comuns nas saídas aos cruzamentos



Existem 3 erros que são bastante comuns nas saídas aos cruzamentos e bolas aéreas em geral e que devem ser corrigidos o mais cedo possível.

O primeiro tem a ver com o joelho que sobe durante a impulsão. Muitos guarda-redes não sabem sequer que há um critério que define qual o joelho que deve estar flectido na fase aérea (da perna contrária àquela que faz a impulsão). A regra é a seguinte: o joelho que sobe é aquele que está mais perto dos adversários, por exemplo, num cruzamento vindo do lado direito do guarda-redes, deve ser o joelho esquerdo a subir pois é o que estará do lado dos atacantes. Isto serve para proteger o guarda-redes dos embates com os outros jogadores.

Outro erro frequente tem a ver com o facto de o guarda-redes não olhar sempre directamente para a bola durante o salto. Muitas vezes, por algum receio do contacto com os jogadores presentes no raio de acção, o guarda-redes tem a tendência para baixar ou virar a cabeça e até mesmo fechar os olhos perto do momento de contacto. É muito importante que o guarda-redes olhe sempre fixamente para a bola até que esta esteja segura nas suas mãos ou seja socada para longe da baliza (e de preferência para onde não estiverem adversários). Desta forma ele consegue calcular mentalmente de uma forma mais precisa a trajectória da bola aumentando consideravelmente as hipóteses de uma intervenção bem sucedida.

Por fim, um erro mais comum nos guarda-redes principiantes, que se prende com o facto de o guarda-redes não indicar ao colegas de equipa que vai tentar intervir sobre a bola. Habitualmente é sob a forma de um grito (‘eu’, ‘minha’ ou a gritar o próprio nome) prolongado e confiante que ele indica que vai tentar ganhar a bola. Isto serve não só para que os seus defesas não tentem também ganhar a bola e desta forma se tornem mais um obstáculo ao guarda-redes no ‘combate’ aéreo pela disputa de bola mas também para intimidar os atacantes adversários para que estes hesitem quando saltam para o cabeceamento. É também importante que o guarda-redes use sempre o mesmo grito para que a sua defesa se familiarize com as suas intervenções.

Todos estes aspectos dependem do treino para se tornarem parte do repertório do guarda-redes. Enquanto os dois primeiros tem a ver com a técnica em si, o 3º já depende mais da experiência e é aquele onde provavelmente o guarda-redes irá errar mais ao longo de toda a sua carreira, portanto é preciso paciência nesse aspecto. Erros irão acontecer sempre, a frequência da sua ocorrência é que irá diminuir com a experiência ganha nos treinos e principalmente, na competição.

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