terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Pontapés de Baliza





Tem-se tornado óbvio que a reposição de bola no pontapé de baliza é um dos grandes problemas para os guarda-redes e para os seus treinadores.

O que proponho aos guarda-redes da equipa onde estou a trabalhar é basicamente preocuparem-se primeiro com a técnica. É absolutamente irrisório tentar começar a aplicar força nos batimentos, porque ao bater a bola com força e não conseguir imprimir uma trajectória alta, provoca inevitavelmente o contra-ataque adversário.

O meu ponto de vista em relação ao batimento de bola é muito semelhante à execução de um passe alto por um jogador de campo. Ou seja, o pé de apoio colocado ao lado da bola, o tronco ligeiramente inclinado para trás, a zona do pé que toca na bola e a zona da bola onde toca o pé. Estes dois últimos pontos, para mim, são o cerne da questão. A minha experiência neste tipo de execução técnica e após consulta de vários autores, leva-me a concluir que a zona do pé que deve tocar na bola é maioritariamente o peito do pé, sem nunca esquecer que o pé deve atacar a bola lateralmente e não de frente. A zona do pé atrás referida, deve bater a bola na parte inferior central, ou seja, entre o meio e o relvado.

Não é demais referir que alguns estudos biomecânicos mostram que a aceleração da perna é também importante. Muitas vezes vemos jovens guarda-redes a fazerem grandes corridas de balanço para marcarem o pontapé de baliza, o que demonstra que a noção de aceleração está presente, mas de forma incorrecta. Este é mais um de muitos pormenores que devem ser trabalhados desde cedo.

Após a aquisição do gesto técnico correcto, podemos então introduzir no processo de treino a noção de força.

Em jeito de conclusão, no pontapé de baliza, é mais importante o último passo do que grande corridas de balanço.

Que posição deve assumir o guarda-redes quando é um colega de campo a marcar o pontapé de baliza?

Mais uma vez descrevo o meu ponto de vista, em relação a este assunto. Vemos frequentemente nas equipas de formação os defesas centrais a marcar o pontapé de baliza, devido à incapacidade (sobretudo técnica) do guarda-redes para o fazer. No futebol profissional isto também acontece, mas derivado de problemas físicos.
Defendo nestes casos, que o guarda-redes se deve posicionar entre a marca do penalti e a linha da pequena área. Simplesmente porque, se no caso do colega bater mal a bola, o guarda-redes encontra-se numa posição que o permite sair rápido para situação de 1x1 com o avançado e não se encontra demasiado avançado para sofrer um “chapéu”.

Sem comentários:

Enviar um comentário